Gestão de FIDCs: principais desafios e como otimizar a operação

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) desempenham um papel cada vez mais importante no financiamento de empresas e na expansão de crédito no Brasil. Estes fundos captam recursos de investidores para adquirir direitos creditórios, como parcelas de vendas a prazo, permitindo que empresas, especialmente no setor de varejo, recebam adiantado por seus fluxos de caixa futuros.
Em 2024, o patrimônio líquido dos FIDCs ultrapassou a marca de R$ 320 bilhões, demonstrando sua relevância crescente no cenário financeiro. No entanto, a gestão eficaz desses fundos traz desafios significativos, um deles é o controle rigoroso da liquidez e dos riscos de crédito. FIDCs multicedentes e multissacados, por exemplo, que incluem diversos devedores e cessionários, exigem uma análise constante de risco e um monitoramento ativo para evitar problemas de inadimplência.
A Resolução 175 da CVM, implementada em 2024, introduziu novas regulamentações que visam aumentar a segurança e a transparência nesse mercado, mas também impôs novos desafios de conformidade para os gestores desses fundos.
Nesse contexto, contas digitais e Escrow se tornam essenciais para a gestão financeira eficiente dos FIDCs e das securitizadoras. Com as contas digitais os gestores podem automatizar grande parte das operações, reduzindo significativamente os custos operacionais e os erros manuais.
As contas Escrow, por sua vez, proporcionam um nível adicional de segurança nas transações, garantindo que os recursos só sejam liberados após o cumprimento de determinadas condições contratuais, útil em operações envolvendo grandes somas e múltiplos devedores.
Com soluções financeiras integradas, os gestores conseguem rastrear todas as transações em tempo real, garantindo maior transparência para investidores e reguladores. Além disso, essas ferramentas digitais facilitam a conformidade com as novas regulamentações do Banco Central e da CVM, permitindo que os gestores mantenham seus fundos em conformidade com as exigências de segurança e transparência.
Outro benefício das contas digitais é a agilidade no fluxo de caixa, que permite uma gestão mais dinâmica dos recebíveis e dos investimentos em crédito privado. Em um mercado que cresce rapidamente, como o dos FIDCs, onde se estima que o número de cotistas possa superar 2,5 milhões em breve, a automação dos processos financeiros não é apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade operacional.
Com o suporte adequado, os FIDCs estão bem posicionados para continuar expandindo e atraindo investidores, especialmente à medida que o mercado se torna mais regulamentado e seguro.

